1.
em meio à densidade da folhagem
verde-marinho
nozes descascadas
tantas ressoam ao toqui do vento
sons minúsculos conjuntos sucessivos crescentis
até qui, após, somenti o levi
farfalhar de fulículas frescas
2.
tá táa tum
nu fundu, tâaaaam
enquantu a frondosa mangueira chacualha as caderas
da copa composta poco comportada
3.
antes qui si dismanchi
a primera gota d'água
nu duru chão
chovem galhos, folhas secas i amarelas
o vento dança mil rodopius
o ar úmidu ambienta vivamenti as quedas
4.
roncu di ursu
istrondo grave di montanha em desmoronamentu
a fomi dos céus
a profunda garganta dus céus si abri
para as crianças quandu si fecham as nuvens geladas
qui ralham trovões i as arrepiam
5.
i a profecia se faz:
- ô, capeta teimosu, sai daí, vai caí uma manga verdi na tua cabeça!
6.
daquela árvori ao ladu, peladinha,
palcu vertical da trepadera tinhosa
moradora dus céus mais altus
se pressentia u movimentu solene,
mas nenhum som nenhuma folha nenhum galhu
que ela tivesse caíra
40 imagens/seg., um esforçu magníficu,
a tensão da madeira
estalavam us nervus du troncu, dilantandu
brechas de ar que na volta se preencheriam
com mais madera
que cedia, resistência vencida.
- vencida vírgula: ô fia, num é qualqué ventinho qui mi derruba...
sábado, 27 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
chupa meu grelo
come meu cu com um conssolo
eu gosto é de rola grossa
fico de quatro por hobby
tem que comer e pegar nos meus peito ao mesmo tempo
quero gozar na sua boca, me liga
então vamos fazer como os meninos e marcar linha sem compromisso
procuro um casal para um casual
lésbica, e daí?
abre tudo pra mim na privada, gatinha
- que engraçadinhas as meninas na porta do banheiro.
come meu cu com um conssolo
eu gosto é de rola grossa
fico de quatro por hobby
tem que comer e pegar nos meus peito ao mesmo tempo
quero gozar na sua boca, me liga
então vamos fazer como os meninos e marcar linha sem compromisso
procuro um casal para um casual
lésbica, e daí?
abre tudo pra mim na privada, gatinha
- que engraçadinhas as meninas na porta do banheiro.
domingo, 21 de março de 2010
oh my lover (p.j. harvey)
Oh my lover Don't you know it's alright You can love her, You can love me at the same time, Much to discover, I know you don't have the time but Oh my lover Don't you know it's alright Oh my sweet thing Oh my honey thighs Give me your troubles I'll keep them with me Take at your leisure Take whatever you can find but Oh my sweet thing Don't you know it's alright It's alright It's alright There's no time So it's alright What's that color Forming around your eyes Waltz my lover Tell me that it's all right Just another Before you go Go away Oh my lover Why don't you just say my name And it's alright Say it's alright There's no time
sábado, 20 de março de 2010
não se é fatalista sem acreditar que haja uma separação radical entre pessoas e coisas, e que haja algo como um destino preestabelecido. essa cisão significa manter o abismo entre o sentir e o agir, se isso fosse possível. de algum modo, implica em inação. des-cisão é tomar nas mãos o que se vê, fundir causa no efeito ou consequência em falta de razão. não dá pra não influenciar o futuro, a inação também o gestiona. o discurso fatalista é uma forma de fazê-lo fingidamente.
terça-feira, 16 de março de 2010
Isopor
(kléber albuquerque)
.
.
Que a luz da lua escorra
Pela pele, pelos pêlos
E que raios de sol embaracem seus cabelos
Que a vida lhe dê muita saliva
Pra lamber sonho em carne viva
Que seu riso não tenha o mínimo pudor
Que os ventos soprem sempre a seu favor
Que você encontre a cama feita, a mesa farta
A casa em festa
Que a boa estrela grude no meio de sua testa
E que o mal tenha paredes de isopor
Tudo de bom
Pela pele, pelos pêlos
E que raios de sol embaracem seus cabelos
Que a vida lhe dê muita saliva
Pra lamber sonho em carne viva
Que seu riso não tenha o mínimo pudor
Que os ventos soprem sempre a seu favor
Que você encontre a cama feita, a mesa farta
A casa em festa
Que a boa estrela grude no meio de sua testa
E que o mal tenha paredes de isopor
Tudo de bom
terça-feira, 9 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
essa não, essa não / tudo de você eu esperava / menos esse tipo de traição / bem no momento da precisão / cê me coloca assim de lado / como se eu fosse um trapo / bota um vestido decotado / põe flores no cabelo amarrado / sai e não diz que volta cedo / ai meu deus o que que eu faço? / depois que perdi o emprego / parece que divorciei // pois quem jurou que me amava / é aquela que me causa / a maior mágoa//.
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