Uma velhinha de parcos cabelos brancos que estava no bosque falava tracejado, que engraçado, porque além da idade ela possuía uma dentadura anti-francês. La pauvrrre! Deu três passos breves, seu sapato branco era redondo, mas muito pequeno, e tinha aspecto pesado. Amassou debilmente um pedaço de pão velho que estava num plástico transparente, jogou aos pombos e passarinhos. Após curto tempo mal podia andar, mas fez todo o esforço para sair do entorno sem ferir nenhum animal. Ela estava quase radiante e, de fato, muito satisfeita, avistou um banco de madeira assombreado à frente. Sentou-se como uma criança em uma cadeira de balanço. Com voz inaudível parecia conversar com duas ou três aves que se aproximaram mais dela. Expressava todo o carinho que cabia em sua boquinha torta. Ele passou, só deu pra notar os óculos escuros, a camisa verde e os chutes que destacaram todas aquelas penas no ar, o grunhido dos bichos. Me aliviou não ter havido nenhuma morte.
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