segunda-feira, 30 de maio de 2011

o vento chega com o frescor da noite que nao cai antes das 20h. tenho o dia todo pra suar, pra me queimar e depois pra me lembrar que numa dessas quedas estarei às vésperas de partir. partir e chegar se equivalem na dor. nao tenho métrica para mensurar o que estou deixando, nem o que vou reencontrar. mas pressinto a desmesura. a vida que se vive sem saber ao certo em que dimensao, este saber, isso deixa uma marca encravada no ar. uma marca que se move, que se sedimenta. que se constitui na noite, nas despedidas, nesses abraços miseràveis. uma marca que sente falta das outras. ela sente. essa marca sou eu. essa marca tem um coraçao irreprimivel.

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