“Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, o resto vem depois. Isto são as apostas (jeux); é preciso antes uma resposta. E se é verdade, como o quer Nietzsche, que um filósofo, para ser estimável, deve rezar o exemplo, compreende-se a importância dessa resposta, pois ela precede o gesto definitivo. Aí estão as evidências sensíveis ao coração, mas que é preciso aprofundar para torná-las claras ao espírito”
(Albert Camus, Le mythe de Sisyphe: essai sur l’absurde, Paris: Gallimard, 1942, p. 17).
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