segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

retirar as linhas que dividem e subdividem o desejo, o territorializam no espectro do inteligível e do discutível discursável, me permitem falar dele agora como se alguém compreendesse algo do que quero dizer, não sei se é o capital que o codifica apenas, já seria o bastante - se eu falo em termos de capital - o caput, a cabeça, para pensar necessito de uma linguagem a minha está prenhe de remissões a esta lógica-,-,:, se eu invisto ou não na minha relação com esta pessoa que desejo (ou diretamente nela),;´ se vou ficar no prejuízo agindo assim, ou quem sabe no lucro, e como se dá esta relação, se posso dizer de outro modo, ou consigo dizer do mesmo modo algo completamente diferente, ressignificar a língua e meu jeito de amar, que formato, jesus, ó, que modelo, senhor? de que cor e de qual tamanho, papai do céu, vou querer esta mulher, não me pergunte, não me pergunte, por favor, minha cara ou barata, sim, minha baratinha, fique bem quietinha aí para não espantar ninguém. como ser compreendida no mundo das máquinas?: comunicar segundo os moldes já conhecidos das peças deste abacadabra, a palavra tão repetida, a expressão cliché, blasé, vendée, meu desejo há de ser français ou chinês. meu desejo precisa ser um continente sem nome e sem espaço, aquela ilha desconhecida cujos limites vejo se alargarem até as beiradas das sombras de onde meu olho alcança, negando-se ao rejeitando o dando as costas sempre e sempre ao carimbo? onde então meu desejo expansivo !, meu desejo molengo de me espalhar toda no lençol (? fresco no tempo sem tempo,, no mundo mundano a pele em contato com tudo no mesmo instante a vida pulsante a emoção extasiada do presente,. não é mais não conseguir descrever com a cabeça de boi, é mesmo querer viver sem palavra.
.
para karinka, como um agradecimento.

Nenhum comentário: