"Vaguei bastante por inúmeras grandes cidades da Europa e apreciei tudo o que merecia ser apreciado. Nesse caso, a lista poderia ser vasta: as cervejas da Inglaterra, onde se misturavam as suaves com as fortes na caneca; os canecões de chope de Munique; as irlandesas; a cerveja Pilsen tcheca, a mais clássica; e o admirável barroquismo da Gueuze, nos arredores de Bruzelas, quando ela ainda tinha um sabor distinto em cada cervejaria artesanal e não tolerava ser transportada para longe; os licores de frutas da Alsácia; o rum da Jamaica; os ponches; a aquavita de Aalborg e a grapa de Turim; o conhaque, os coquetéis; o incomparável mescal do México; todos os vinhos da França, os melhores oriundos da Borgonha; os vinhos da Itália e, sobretudo, o Barolo de Langhe, os Chianti da Toscana; os vinhos da Espanha, os Rioja de Catilha-la-Vieja ou o Jumilla de Múrcia." (Panegírico, p. 41)
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"Quando 'ser totalmente moderno' se tornou uma lei especial proclamada pelo tirano, o que o escravo honesto teme, acima de tudo, é que ele possa ser suspeito de saudosismo" (Panegírico, p. 75).
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"O valor de troca só pôde surgir como agente do valor de uso, mas ao vencer por suas próprias armas criou as condições para seu domínio autônomo. Mobilizando todo o costume humano e apropriando-se do monopólio de sua satisfação, ele acabou por dirigir o uso. O processo de troca se identificou a todo uso possível e o subjugou. O valor de troca é o condottiere do valor de uso, que acaba por empreender a guerra por conta própria" (A sociedade do espetáculo, 46).
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