quarta-feira, 26 de agosto de 2009

a modernidade vive aqui
no dia em que ele olhou para o lado
sem coragem de dizer o de sempre,
a outra entendeu por bem se maquiar,
o tio, não cortar o cabelo,
acordaram felizes e tristes sem saberem o nome do mês
tudo era lamentável, sem algo especificamente indigno
o mundo tinha duzentos mil nomes em centenas de línguas
que pareciam iguais e incomunicáveis,
expostos nas vitrines tridimensionais "das maiores capitais do planeta",
combinavam-se cores em estilos infinitos, um para cada gosto
e nada deixava de ser um movimento
social antissocial, cultural anticultural
a modernidade brilhante desse não-se-sabe-mais-o-que-fazer

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