o sagrado e o profano em um corpo que só é passagem e que faz passar do si ao outro. o medo ou a adoração que se pode experimentar das mulheres não são senão os da alteridade. o ser meu objeto, valor do meu grupo social, do meu clã, da minha tchurma por meio do qual acesso a outra panela, a outra família. canal sagrado de comunicação de longínqu*s e próxim*s. o ser-em-trânsito que é de um grupo E do outro, ou era de um e PASSA a ser de outro, não se sabe o que fica o que vai, que tempo é esse, se há passado e futuro, uma contaminação generalizada. a ambiguidade de quem gesta a mistura de sangues tomados e bebidos mais que como diferentes, inconciliáveis. sangue que fazem jorrar mensalmente (como se costuma ver apenas nos bichos não-seres humanos), quem dirá que 'status' atribuir a elas? interstícios---mulheres---tabus.
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