quinta-feira, 20 de agosto de 2009

procuro as palavras exatas/não por amor à precisão. preciso escrever pouco, as palavras pesam e meu texto corre sempre o risco de afundar. não sou como xs poetas, que escrevem versos livres - de massa. tampouco como xs escritorxs de épicos que possuem navios onde carregam suas mil palavras; cargueiros que levam cidades; negreiros que aforam dignidades. não possuo à minha espera senão um corpo gordo que bóia na beira-mar com certo esforço. na minha pequena jangada cabem bem poucas palavras. meia-dúzia, que já me fazem falta.

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